quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Futebolices (VII)

Quase octogenário e pela primeira vez no escalão principal, o Trofense cujos dirigentes, desconhecendo a “máxima” que diz: «Equipa que sobe é séria candidata à descida», provocaram a primeira “chicotada psicológica” do futebol português.
Como não pontuaram nos três primeiros jogos mostraram todo seu reconhecimento e apreço, pelo técnico obreiro da subida de divisão e, sem apelo nem agravo, apontaram-lhe a porta de saída.
Mais uma vez, o futebol português no “seu melhor”.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Vukcevic vs Paulo Bento


Nunca foi fácil desempenhar a tarefa de “advogado do diabo”.
No presente caso e por se tratar de um futebolista que, quando chamado a competir e a defender as cores do clube que representa o faz com determinação, empenho, entrega e com um potencial que se encaixa na perfeição no conjunto leonino, sobram os argumentos de defesa.
De facto, os níveis competitivos evidenciados, em campo, por Vukcevic, nas raras ocasiões que tem sido opção para Paulo Bento, justificam a presença do montenegrino no “onze” inicial.
Por outro lado, toda e qualquer polémica, disciplinar ou não, deverá ser sempre solucionada no “aconchego” do balneário e jamais as “birras”, caprichos ou teimosias, tão do agrado de jovens técnicos, deverão servir como estratégia de afirmação e imposição, perante jogadores consagrados, com historial e “peso” no clube. Se por um lado conduz à criação de “grupinhos”, por outro provoca o abandono de futebolistas com passado e “papel” relevante na equipa. No clube de Alvalade os sinais de incompatibilização são por demais evidentes e conduziram à saída, precoce, de jogadores carismáticos como: Beto, Custódio, Sá Pinto, Paredes, Carlos Martins, etc.
Os pseudo-disciplinadores, defensores do autoritarismo, poderão contra-argumentar que: «Não poderão jogar todos.» Nada mais certo. Mas poderão e deverão jogar os melhores. No caso do Sporting, bastava o técnico ensaiar um “esquema de jogo” baseado num 4-3-3, com dois elementos encostados às “linhas” que, para além proporcionar maior numero de oportunidades de golo, permitiria a rentabilização e compatibilização do trio centro-campista, constituído por Rochemback, João Moutinho e Miguel Veloso, tornando a equipa mais competitiva e séria candidata ao título.

sábado, 13 de setembro de 2008

Parabéns a vossemecês

Neste dia 13 de Setembro de 2008, mais um clube português entrou para o grupo dos clubes centenários.
De facto, temos de parabenizar todos os adeptos, simpatizantes e, principalmente, os associados do Benfica que, vêem o seu “glorioso” chegar à provecta idade de 100 anos.
Para além das alegrias resultantes de um passado grandioso e recheado de êxitos e importantes conquistas, estamos na presença de um clube repleto de tradição e possuidor de uma mística difícil de igualar.
O Benfica, no dia de S. João Crisóstomo, passou a pertencer à família dos clubes seculares onde, entre outros, se encontram prestigiadas agremiações nacionais como: o CIF, o Boavista, o FC Porto, o Sporting, o ACP, o Ginásio Clube Português ou o Clube Naval de Lisboa.
Espera-se que, Luís Filipe Vieira, presidente de todos os benfiquistas, não “deixe passar” em claro tão importante data e reserve a sala principal do Casino do Estoril para a Gala que o clube e os associados tanto merecem e onde os atletas olímpicos do clube da Luz, medalhados nos Jogos de Pequim, esperam uma justa e digna homenagem.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O Palmelão

Após uma leitura atenta do livro das publicações Dom Quixote, sobre os meandros do futebol português, da autoria de Octávio Machado, intitulado “Vocês sabem do que estou a falar”, retirei uma “preciosidade” que revela, parte, da personalidade de tão controvérsia figura.

«…Foi também por essa altura que introduzi o esquema de jogo 4-2-3-1. Era um modelo de jogo que não existia, que até aí ninguém tinha utilizado. Dito de outro modo, fui o primeiro treinador, não apenas em Portugal mas em todo o mundo, a inventar esse sistema de jogo. O primeiro! Claramente! Alguém que prove o contrário, se for capaz....»

Saberá o palmelão do que está a falar?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O Mustang interista

Com o ingresso de Ricardo Quaresma, no Inter de Milão, o folhetim teve o desfecho, há muito esperado.
Se por um lado, ao desfazer-se do futebolista por 18,6 milhões de euros (mais o promissor Pelé), se confirma que Pinto da Costa já não é o que era, em virtude de, em tempos não muito recuados, ter afirmado que Quaresma nunca sairia por menos de 40 milhões de euros, por outro verifica-se que, os dirigentes e os adeptos portistas já estavam saturados das “trivelas” do cigano. Só assim, se entende que, um extremo com o palmarés do internacional português seja avaliado num montante muito inferior ao de Bosigwa (20,5 milhões) e ao da recente transferência de Danny (30 milhões), sabendo-se que, há aproximadamente um ano os “dragões” recusaram uma proposta, do Atlético de Madrid, de 25 milhões de euros. A animosidade existente no Porto, para com o jogador, certamente, não foi alheia à sua sub avaliação.
Difícil tarefa está guardada para José Mourinho que, a curto prazo, terá de “limpar” a cabeça de um futebolista, com condições técnicas excepcionais, mas onde o vedetismo, a sobranceria e a petulância foram o resultado de êxitos rápidos, em espírito débil.