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Após derrota, em Alvalade, com o Paços de Ferreira por 3-2, mal sentiu a contestação por parte dos associados, na fase final do encontro, José Eduardo Bettencourt demitiu-se do cargo de presidente do Sporting.
Durou cerca de ano e meio o confrangedor mandato do primeiro presidente profissional do Sporting. Não cumpriu a sua missão e saiu pela “porta pequena”, deixando o lugar com pouca honra e ausência de glória.
Apostou em treinadores inexperientes e sem curriculum (Carvalhal e Paulo Sérgio) e em directores para o futebol, com idênticas características (Sá Pinto e Costinha).
Também contratou um punhado de jogadores, de capacidade duvidosa, em mercados caríssimos como o italiano, o espanhol e o inglês. Más compras, que levantaram legítimas dúvidas pelas avultadas verbas envolvidas e que nada conquistaram.
Por outro lado, protagonizou episódios de tensão, descabidos, com alguns sectores da massa associativa, ao ponto de chegar a ameaçar de expulsão sócios implicados em movimentos de contestação e que ajudou ao afastamento dos adeptos do estádio.
Se à lista de fracassos adicionarmos as vendas, a preço de saldo, de Miguel Veloso e João Moutinho, que originaram o incomodo criado pelas palavras de José Eduardo Bettencourt, naquela triste conferência de imprensa, classificando João Moutinho como uma maçã podre que contaminava todo o grupo obrigando-o, posteriormente, a cair em contradição ao definir Moutinho como um profissional extraordinário.
Recentemente viria a contratar José Couceiro, sem uma explicação clara sobre funções e objectivos que, com o recente abandono, mereceu apenas duas semanas de confiança presidencial.
Ao “bater a porta”, JEB para além de não cumprir o compromisso assumido com mais de 90% dos associados, coloca tudo na estaca zero, abrindo caminhos e opções ao clube de Alvalade para poder afastar uma “geração de notáveis gestores” que, com o argumento da sustentabilidade e do saneamento financeiro conduziram o clube a secundários lugares desportivos.