sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O Sofisma

O baixo vencimento auferido por Paulo Bento tem sido um dos principiais argumentos utilizado, sub-repticiamente, pela Administração da SAD leonina e pelos poucos apoiantes que defendem a presença do treinador, à frente dos destinos do futebol do Sporting. Se acrescentarmos a este facto, o tão apregoado e limitado “orçamento leonino”, encontram-se, teoricamente, reunidas as condições para a manutenção do “Paulo Bento forever” e, logicamente, inviabilizada a possibilidade de contratação de um técnico experiente e categorizado.
Contudo, e segundo os jornais da especialidade, ficámos a saber que, mesmo “diminuto” o ordenado de Paulo Bento consegue superar bastante o salário de Jorge Jesus, como técnico do rival Benfica, que só verá os seus proventos aumentos, através de prémio adicional, se vencer a Liga.
De facto, estamos na presença de mais uma falácia fomentada por dirigentes que, para além de empregarem algum do seu tempo na auto promoção, servem-se do “baixo orçamento” e das poucas disponibilidades financeiras para justificar uma gestão ruinosa, em termos desportivos, mas não impeditiva de conceder prémios de desempenho a uma equipa técnica, com remunerações acima da média, que na última época nada venceu.
Por outro lado, e contraditoriamente à situação de pouca abastança em que o clube vive, a Administração prossegue a sua politica de contratação de futebolistas ao futebol inglês (Caicedo), italiano (Grimi) e espanhol (Ângulo e Matais Fenandez) engrossando os encargos salariais, quase sempre, não correspondidos devido à duvidosa categoria futebolística patenteada por tais elementos.
Os “brilhantes gestores” que se encontram, presentemente, à frente dos destinos do Sporting ao escudarem-se, continuamente, no “baixo orçamento” para além de se desresponsabilizarem de uma gestão convincente, estão a “branquear” os maus resultados da equipa de futebol, colocando em segundo plano a incompetência e a inexperiência reveladas por Paulo Bento.
Os dirigentes leoninos, numa atitude só justificada para ocultação da inépcia e incapacidade, têm, sistematicamente, se servido da argúcia para iludir adeptos, encobrindo o treinador do futebol e desvalorizando um plantel formado por jovens talentosos e internacionais experientes, que o único “pecado” que cometeram foi a inadaptação a um modelo de jogo, gasto por quatro temporadas, onde as ideias do técnico não foram além de um fastidioso “losango”.