sábado, 27 de dezembro de 2008

Balanço: SLB

Com a chegada do Natal e a três jornadas do “terminus”, da primeira volta da Liga Sagres, justifica-se um pequeno balanço ao desempenho futebolístico dos crónicos candidatos ao título máximo do futebol português.
Iniciando pelo Benfica que, ainda não conheceu o travo da derrota, mas sem que alguém minimamente identificado com o clube da Luz saiba qual o onze base de Quique Flores, as indefinições são mais que muitas. Com David Luiz a “fazer” algumas posições, para as quais se encontra pouco vocacionado, e com Sidnei a tentar “ganhar pontos” no centro da defensiva, só Luisão e Maxi Pereira parecem ter lugar garantido na equipa titular.
No centro do terreno a incerteza é total, e a ausência de um “playmaker” não justifica tudo sabendo-se que, as alterações introduzidas, de jogo para jogo, afastam as necessárias rotinas e conduzem a uma flagrante inconstância exibicional. E a dúvida subsiste, Carlos Martins e Hassan Yebda? ou Gilles Binya e Katsouranis? ou, ainda, Aimar ou Nuno Gomes como nº 10?
Com seis meses de treinos no Seixal, o treinador continua a insistir num 4-4-2 clássico, mesmo sem possuir no plantel um ala-direito eficaz e recorrendo, sistematicamente, à colocação de Ruben Amorim naquela posição, introduzindo desequilíbrios na equipa e limitando o desempenho do ex-belenense, que não possui as características mínimas para, de um dia para o outro, desempenhar o papel de extremo.
No ataque, só o hondurenho Suazo parece estar mais tranquilo, em termos de titularidade, fruto da velocidade e do poder físico já manifestados, denotando contudo, alguma inconsistência no seu rendimento futebolístico.
Embora o Benfica ocupe o lugar cimeiro da tabela classificativa, as alterações tácticas constantes a que a equipa tem sido sujeita, retiram solidez ao jogo praticado e confiança aos adeptos que ainda não conseguiram descortinar o estofo necessário e suficiente para um ataque firme ao título nacional.

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