sábado, 1 de agosto de 2009

Transacções portistas

Mais um ano em que o FC Porto não se acomodou e, forçado ou não, vendeu as principais “jóias” argentinas, Lisandro e Lucho. Se acrescentarmos a “taluda” de 15.000 milhões de euros recebidos por Cissokho e os “pozinhos” resultantes da venda de Ibson, Paulo Machado e Vieirinha, chegamos facilmente a um encaixe financeiro na ordem dos 65.000 milhões de euros que, possibilitou ao clube adquirir quase uma nova equipa, preferencialmente, oriunda do mercado sul-americano.

Beto: Guardião com “escola”. Chega ao FC Porto com a idade ideal para se poder impor. Independentemente das suas qualidades, que são muitas, terá de aguardar a sua vez, uma vez que se Helton conseguir manter índices de concentração elevados, não cederá o seu lugar com facilidade.

Miguel Lopes: Uma das grandes revelações da época transacta. Defesa-lateral-direito formado na “escola benfiquista” é possuidor de “grande pulmão” e elevado temperamento que lhe permitem fazer o “seu corredor” vezes sem conta. Com as dificuldades sentidas por Sapunaru e com a opção Fucile, em aberto, para o flanco esquerdo, certamente, Jesualdo Ferreira irá proporcionar oportunidades a este jovem de se mostrar.

Nuno André Coelho: Jogador com raça, formado na “escola portista”, é um defesa-central que denota ainda alguma insegurança e ansiedade, dispensáveis na zona do campo onde actua. Com Rolando, Bruno Alves e Maicon a “taparem” o lugar dificilmente jogará com assiduidade, na equipa principal. Eventualmente, será opção para lateral.

Maicon: Depois de brilhante época ao serviço do Nacional da Madeira, que lhe valeu o ingresso nas fileiras do FCP, este jovem defesa brasileiro, prepara-se para ser o suplente nº 1 dos centrais portistas. Com boa morfologia para o lugar, por vezes transmite uma imagem de lentidão, pouco aconselhável para as funções a desempenhar no centro da defensiva. No entanto, para além de um excelente jogo de cabeça, mostra uma personalidade e um sentido de posicionamento, que lhe permitem resolver as situações mais complicadas e sair com a bola controlada.

Álvaro Pereira: Confiante, aguerrido e rápido sobre a bola, subindo no terreno sempre que aconselhável, possui características muito semelhantes às do seu antecessor. O FCP, com a entrada deste uruguaio, terá ganho em qualidade, experiência e segurança defensiva o que perdeu em enquadramento táctico e conhecimento do clube, que Cissokho já possuía. Jogador prometedor, a mudança foi nitidamente favorável ao clube azul.

Silvestre Varela: Mais um jogador formado na academia leonina. Chega ao FC Porto já com algum traquejo e experiência adquiridos nas principais ligas espanhola e portuguesa. Por vezes, transmite uma imagem de lentidão na hora das decisões. Ainda jovem, deverão ser “limadas” algumas arestas das suas características, nomeadamente, o controlo de bola e o último passe. No entanto, o engodo que evidencia pela baliza adversária, a forte compleição física e o potente remate irão, ao longo da época, ser muito úteis à equipa, proporcionando aos adeptos portistas momentos de satisfação.

Belluschi: Chegou ao Porto com a missão de substituir o seu compatriota Lucho. Este argentino, pode não possuir a classe e não ser tão cerebral como o seu antecessor, mas pelo que já demonstrou, parece estarmos na presença de um estratega de elevada qualidade técnica, que executa rápido e dá ritmo ao jogo. Com desmarcações de qualidade e oportuno nas assistências cria, com facilidade, desequilíbrios na área adversária. Também parece estar à vontade na marcação de bolas paradas. Provavelmente, estaremos na presença da revelação do próximo campeonato.

Falcão: Jogador aguerrido que nunca vira a cara, segura bem a bola e sabe jogar de costas para a baliza, desmarcando com oportunidade os companheiros. Não possuindo o poder físico de Lisandro Lopez, é um futebolista que se movimenta bem na área, necessitando de algum tempo para se adaptar ao futebol europeu e ganhar rotinas e entrosamento com os colegas. É “mais jogador” que Farias.

Orlando Sá: Este avançado pouco mostrou, ao serviço do Sp. Braga, para além de força física e empenho na luta com os centrais adversários. O facto de encontrar-se a recuperar de uma lesão grave faz diminuir as hipóteses de afirmação, a curto prazo. Ainda jovem, muito caminho terá de percorrer. A sua chamada à selecção nacional para além de prematura, foi descabida.

Diego Valeri: Os poucos minutos jogados não são suficientes para se poder fazer um juízo de valor do futebolista. Contudo, evidencia uma compleição física que intimida os adversários.

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