quarta-feira, 28 de novembro de 2007

«Está aí um bom grupo!»


Não se iludam os mais optimistas que, descortinaram uma campanha fácil, para a selecção portuguesa, na disputa do grupo de apuramento para o Mundial de Futebol a realizar na longínqua Africa do Sul, em 2010.
Disputar a fase preliminar, de um grupo constituído por seis selecções, onde só se apura, directamente, a primeira classificada e onde como parceira existe a Suécia que, por norma, é uma presença assídua nas fases finais dos europeus ou mundiais, não é cómodo.
Por outro lado, a inconstância da selecção dinamarquesa que, ao longo dos tempos, tem ciclicamente atingido períodos de protagonismo, devido ao aparecimento esporádico de algumas estrelas de primeira grandeza, não é garantia de seis pontos na tabela classificativa.
A Hungria será, presentemente, a maior desilusão da Europa do futebol. Com um passado futebolístico de “sonho”, tecnicamente foi do melhor que existiu, passa por um período de “travessia no deserto” que aproveitará, certamente, para uma renovação consistente e eficaz, aguardando pacientemente o despontar de jovens talentos. Espera-se que esses novos valores não se revelem, a curto prazo.
O passado recente, diz-nos que nunca será de menosprezar o valor da Albânia e de Malta, exigindo-se, nesses encontros, empenho e concentração.
Logicamente que, a selecção portuguesa, é mais uma vez a favorita do grupo, não só pelo potencial e categoria que os seus jogadores evidenciam, mas também pelo respeito e temor que impõe aos mais directos adversários.
As palavras do actual seleccionador, após o sorteio, ao classificar de “um bom grupo de apuramento”, trazem “água no bico”, pois tratasse de um indivíduo que se tem manifestado, por natureza, pessimista.
Como deverá abandonar o cargo no final do europeu, ironicamente, estará a reconhecer as dificuldades que irão surgir, afirmando, sub-repticiamente, que: Atrás de mim virá, quem bom de mim fará.
Dá que pensar.

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