segunda-feira, 21 de abril de 2008

O Pai Natal



Casos insólitos não são raros no futebol português.
Na presente temporada já tínhamos sido confrontados com o “caso Meyong”, mas na última semana e “por obra e graça do Espírito Santo” apareceu um empresário (?) com grande vontade de investir numa instituição centenária, mas com passivo impressionante.
De passado desconhecido e discurso pouco convincente, dispunha de 38,5 milhões de euros para investir no Boavista a troco da gestão da publicidade, no Estádio do Bessa, e dos direitos televisivos, por um prazo de tempo considerável.
Com dirigentes da SAD altamente profissionalizados só uma grande dose de ingenuidade e/ou irresponsabilidade e muitas de desespero, face à delicada situação em que vive o plantel, justifica a atitude dos boavisteiros ao acreditarem em tal solução financeira, apresentada por um individuo que proferia declarações pouco esclarecedoras e muito contraditórias.
Como era de esperar, e garantido o acordo entre o intitulado investidor e o Boavista, o dinheiro não apareceu nos cofres do Bessa, como previsto, e só depois de identificados alguns documentos falsos os responsáveis boavisteiros suspeitaram de fraude e denunciaram o caso à Polícia Judiciária.
Acusado de burla qualificada e falsificação, Sérgio Silva encontra-se, presentemente, mais longe dos impropérios da D. Fernanda e da excêntrica indumentária do Zé do Laço, mas muito mais perto do “xadrez”.

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