quinta-feira, 1 de maio de 2008

Governança


Alienar património não desportivo, com a justificação de reforçar (?) e tornar a equipa de futebol mais competitiva, não descortinando os caminhos do êxito, é no mínimo preocupante.
Contratar futebolistas a “custo zero” sabendo-se que, por este motivo, irão usufruir de vencimentos acima da média e que o rácio custo/prestação raramente compensa, é sinónimo de uma gestão pouco competente.
Dispensar jogadores formados nas camadas jovens, alguns dos quais para a principal Liga espanhola, compensando com elementos oriundos do futebol brasileiro, sem créditos firmados, não é de gestores hábeis.
Apostar num técnico inexperiente, e talvez por isso, com pouca flexibilidade táctica e muita obstinação, pode ser “barato” e pouco exigente, mas é de negligente gestão.
“Atirar” para o banco de suplentes, jogadores que após prestações bastante conseguidas, justificam a titularidade, é uma forma injusta e desmoralizante de gerir um plantel.
Negociar jovens promessas, por valores exorbitantes, e cujos montantes embolsados não se reflectem no financiamento de novas aquisições, é estranho e incompreensível.
A juventude da equipa não desculpabiliza nem “branqueia” uma gestão inoperante e desastrosa cuja argumentação de amortizar a divida existente, não é suficiente para iludir os mais cépticos.
De facto, com este “modelo de gestão” os principais rivais do clube de Alvalade podem continuar tranquilos, nas épocas futebolísticas que se avizinham.

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