sábado, 11 de outubro de 2008

Os Mourinhos


Considerado por muitos como o melhor treinador do “mundo e arredores” José Mourinho, ao optar por uma carreira “fora de portas”, acabou por deixar uma “pesada herança” no futebol português.
Treinador familiarizado com vitórias e títulos, aproveita com mestria a componente psicológica recorrendo à diversidade de opções tácticas e flutuações estratégicas, com vista à rentabilização das capacidades dos futebolistas ao seu dispor.
Tão afamado e de invejável curriculum, não foi difícil encontrar no futebol português técnicos com tendência para a “colagem” e para o seguidismo dos métodos a aplicar, na ilusão de conquistas garantidas.
Como o risco de fracasso é imprevisível e a imitação nunca é melhor que o original, treinadores como Luís Campos, José Gomes, Carlos Carvalhal, Vítor Pontes (antigo adjunto de Mourinho), ao perseguirem as “pegadas do mestre”, sentiram na pele tão arrojada atitude e comprometeram, de certa forma, as suas carreiras.
Por vezes, basta escolher o célebre “losango”, táctica bastas vezes utilizada por Mourinho, para conduzir ao insucesso uma equipa cujos jogadores evidenciam clara inadaptação a tal sistema.
Presentemente e devido à adopção de polémica táctica, Daúto Faquirá, Jorge Jesus e o próprio Paulo Bento, só para citar alguns dos que disputam a Liga Sagres, face à carência de resultados positivos, vêem comprometido o futuro à frente das respectivas equipas.
Exemplos semelhantes encontram-se espalhados pelas divisões secundárias do futebol português, onde a ausência de percepção, a excessiva ousadia ou falta dela e a escassa experiência conduzirão, a curto prazo, ao fracasso e ao término precoce de carreiras, muitas delas auspiciosas.

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