segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

"Special One", too.


Com excepção da sorte, do azar e, ocasionalmente, da “protecção divina”, conheço apenas duas fórmulas de uma equipa se tornar candidata à conquista de importantes competições desportivas. Talvez a minha ignorância venha a ser atenuada, depois de ler o livro de José Veiga.
Uma consiste em formar um conjunto equilibrado com futebolistas, com capacidade acima da média, que com treino adequado adquirem a mecanização e as “rotinas de jogo” necessárias.
A outra possibilidade passa por dispor de um plantel de baixo investimento, com jogadores de índice técnico mediano, mas em contrapartida optando pela contratação de um treinador experiente, perspicaz, astuto, que saiba “ler o jogo” e actue com rapidez e sagacidade, através de substituições oportunas ou com alterações táctico-estratégicas, eficazes. O que se apelida de uma “velha raposa”.
O Chelsea de José Mourinho foi um misto dos dois conceitos, pois conseguiu juntar um técnico inteligente e arguto a um plantel de futebolistas de eleição e não surpreendeu que, após o seu abandono do clube londrino, a opinião pública em geral tivesse augurado um futuro pouco risonho para os “blues”.
Só que o primeiro modelo também pode ser verdadeiro, e um plantel constituído com jogadores internacionais por diversos países, de categoria reconhecida, dirigidos por um técnico como Avram Grant, que não “inventa” novas estratégias e mantém a opção táctica há meses consolidada, e cuja principal preocupação foi dar tranquilidade e equilíbrio à equipa, conduz aos resultados que se conhecem.
Considerado à partida como um técnico interino e de “passagem”, desde Setembro que, o israelita só conheceu o sabor da derrota no jogo de estreia em Old Trafford, frente ao actual campeão Manchester United e na casa do “líder” Arsenal, onde o Chelsea, devido a múltiplas lesões no seu plantel, entrou em campo bastante desfalcado.
Sem se lamentar de ter herdado um conjunto de jogadores não escolhidos por si, e com quase uma vintena de jogos disputados e apenas duas derrotas, ocupando o 3º posto da Liga Inglesa, não surpreendeu que Abramovich celebrasse um contrato de quatro anos, com o antigo seleccionador de Israel.
Another “Special One”, in Stamford Bridge?

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