quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Portugal - Itália (1-3)


Em Zurique, a selecção campeã do mundo jogou um pouco desfalcada, mas apresentou, como é seu hábito, um futebol cínico, matreiro e com os seus futebolistas a mostrarem um jogo táctico perfeito. Com os jogadores muito perto uns dos outros, fechando os espaços onde a selecção portuguesa se poderia movimentar, a Itália, mais uma vez, concedeu ao adversário a ilusão da “posse de bola”, sendo o resultado um espelho da forma mortífera como actuou.
Jogo de preparação e de experiências, foi de extrema utilidade para o seleccionado português. Em tempo de observação de jogadores e de ensaios tácticos, algumas conclusões já se poderão começar a tirar.
De facto, o Cristiano Ronaldo da selecção nacional nada tem a ver com aquele futebolista que joga no Manchester United e que pretende ser o melhor do mundo. Pelas suas potencialidades, aos 23 anos, é prematura a sua utilização como segundo avançado ou como nº 10, conduzindo ao enfraquecimento do meio-campo, “partindo o jogo” e provocando um descontrolo generalizado na equipa.
Os dois centrais para além de mostrarem as naturais dificuldades de entrosamento e de “rotinas de jogo” confirmaram o que já se sabia. Pepe tem lugar cativo, no centro da defesa.
A defender mal e a “subir” pessimamente, Paulo Ferreira e Caneira só poderão fazer parte de uma selecção sem ambição.
Raul Meireles, pelo momento que atravessa, confirmou as qualidades evidenciadas no FC Porto, não sendo por simpatia ou favor que, provavelmente, estará nos 23 para o Euro.
O “catalão” Deco demora a adquirir a forma necessária e suficiente para o tornar imprescindível, no onze.
Por ser esquerdino e atravessar um bom momento, Jorge Ribeiro terá, forçosamente, outra oportunidade nos jogos de preparação.
Na frente do ataque é tão dramática a falta de categoria evidenciada pelos ponta-de-lança que, o seleccionador colocando Makukula em campo, parece estar a jogar só com 10 elementos.
No dia 26 de Março próximo, Portugal jogará com um adversário a definir, esperando-se melhores prestações.

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