segunda-feira, 16 de junho de 2008

Alemanha vs Portugal



Alguém, provavelmente, conhecedor do palmarés conquistado pela selecção alemã, em fases finais de competições importantes (Europeus e Mundiais), proferiu a seguinte afirmação: «O futebol é um jogo simples – são onze contra onze e no final ganham os alemães».
De facto, não é para menosprezar uma selecção que já venceu três campeonatos do Mundo de futebol e igual número de campeonatos da Europa.
Também não é novidade que, à partida, é uma selecção que pouco promete mas que vai "crescendo", ao longo da competição, afirmando-se como séria candidata ao título final.
No presente Europeu a história tem-se repetido.
A selecção alemã tem utilizado um guarda-redes quase quarentão (Lehmann), um lateral-esquerdo que joga do lado direito (Lahm), um defesa-esquerdo (Jansen) que, talvez por reverência, pouco defende e como é hábito em equipas germânicas, os centrais são de elevada estatura, bons cabeceadores, mas “presos de rins”.
No meio campo, as “coisas” não melhoram e até mesmo o “britânico” Ballack não consegue “tocar notas” num sector constituído por “carregadores de piano”.
No ataque, só Podolski se tem evidenciado pelo seu poder de remate. Os restantes elementos (Klose, Mário Gomez, Kuranyi e Neuville) só têm confirmado a crise que se vive no futebol alemão, onde não se consegue descobrir um futebolista, com um mínimo de capacidade, para preencher o lugar mais avançado da equipa.
Foi esta selecção que, no primeiro encontro, embora beneficiando de uma defensiva polaca suicida, teve de recorrer a um jogador oriundo do País adversário (Lukas Podolski) para marcar dois golos.
No segundo jogo, contra a Croácia, andaram a “cheirar a bola” e a derrota por 2-1, só pecou por escassa.
O apuramento, para os quartos-de-final, foi jogado contra uma Áustria irrequieta mas com evidentes limitações técnicas e o resultado não foi além de um golo, de bola parada.
E é esta selecção alemã que se prepara para fazer a “vida negra” a um Portugal favorito, aos olhos da maioria daqueles que acompanham o Euro, mas que até à presente data tem resolvido os seus jogos através da técnica e do talento individual de alguns dos seus futebolistas (ex.: Pepe, Deco e Ronaldo), não patenteando as “mecanizações” e o “fio de jogo”, tão necessários numa equipa que aspira à vitória na competição.
Num jogo a eliminar, façamos votos para que a história não se repita e a frase, proferida há algumas décadas, não se venha a confirmar e os alemães regressem a casa, mais cedo do que pensam.

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