segunda-feira, 9 de junho de 2008

João "Pequeno"


Nos idos tempos medievais, na britânica cidade de Nottingham e no afamado bando de Robin dos Bosques, existia uma “figura” que se afirmava por possuir uma compleição física avantajada aliada a uma força descomunal, muito útil nas contentas travadas com o Sheriff local, e que contrariando o seu aspecto gigantesco era conhecido por: “João Pequeno”.
No meio-campo da equipa nacional portuguesa, que se encontra a disputar o Campeonato da Europa, também existe um “João Pequeno”. Franzino, com o apelido de Moutinho e de aspecto frágil, é “dez reis de gente” com “alma até Almeida”.
Dos futebolistas presentes, na Suiça, é aquele que tem mais jogos nas pernas e o que evidencia mais frescura física e energia para “dar e vender”. Percorrendo mais quilómetros que os restantes, a sua omnipresença na ocupação de espaços deve-se a uma capacidade competitiva acima da média, a um disponibilidade táctica pouco habitual nos profissionais portugueses e, principalmente, a um talento e empenho que, por certo, o levarão, a curto prazo, para outras paragens.
Nos dois últimos encontros disputados (Geórgia e Turquia), o mais jovem jogador, da selecção nacional, foi tal como o outro “João”, companheiro de Robin, um gigante na produção de jogo e na entrega à luta, evidenciando uma movimentação e tenacidade que justificam, por si só, a opção de Scolari.
Depois de uma brilhante época onde, na equipa leonina, andou a “apagar os fogos” ateados pelo “losango de Paulo Bento”, era de esperar que, atingindo a titularidade na "equipa das quinas”, o seu rendimento futebolístico pudesse subir alguns “furos”, em virtude de as suas características se enquadrarem perfeitamente na táctica do 4-3-3, como médio-centro-volante, contrariamente ao que acontece no Sporting onde, amiúde, é forçado a descair para os flancos.
Uma coisa é, quase, certa: dificilmente se manterá por cá.

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