quarta-feira, 19 de maio de 2010

II - Flashes dos Mundiais (1950, 1954 e 1958)

Brasil – 1950:
Foi a 1ª vez que a Taça do Mundo se chamou Jules Rimet que, na final, se encontrava na tribuna do estádio para a entrega do troféu.
O formato da competição foi alterado e a divisão por grupos substituído pelo sistema de eliminatórias.
Na “poule final”, depois do Brasil “esmagar” a Suécia (7-1) e a Espanha (6-1), só o Uruguai poderia travar a superioridade brasileira, que ainda por cima jogava em casa.
Festejos antecipados e campeões antes do tempo não ajudaram o Brasil a levar de vencida uma selecção do Uruguai onde pontificavam Obdúlio Varela, Ghiggia e Shiaffino. O futebol poético de Zizinho, do virtuoso de Ademir “queixada” e de Jair não foi suficiente para vencer a garra e a crença que emanava da ponta das botas daqueles uruguaios que regressaram a Montevideu vitoriosos e que, naquela tarde no Maracanã, num ambiente de arrepiar, deixaram um país a chorar.

Suiça – 1954:
Comandado por um oficial do exército húngaro, de seu nome Ferenc Puskas, apareceu, provavelmente, o primeiro verdadeiro “dream team” da história do futebol. Mas o insólito aconteceu e a Alemanha depois de ter “levado” 8-3 dos magiares, na fase preliminar, vingar-se-ia e venceria na final por 3-2, depois de ter estado a perder por 2-0. O fracasso da selecção húngara, que tinha vencido os Jogos Olímpicos de 1954, foi amenizado pela lesão sofrida por Puskas, que jogou a final a coxear, e por Kocsis, avançado-centro, com cabeça e pés de ouro, que sagrar-se-ia o melhor marcador da fase final, com 11 golos.
Num mundial onde os jogadores alinhariam pela 1ª vez com números nas camisolas, a Hungria ficou sem o título mas sairia com um “record” que nunca mais foi batido, 27 golos marcados em cinco jogos.

Suécia – 1958:
Finalmente o Brasil iria conseguir aliar a sua indiscutível técnica de execução com um elevado sentido objectivo, e maravilharia o mundo do futebol.
Pelé estreou-se num mundial. O seu génio explodiu, ganhou o paraíso e aos 17 anos tornou-se no jogador mais jovem, a disputar uma final de um Mundial. Mas Mané Garrincha com as suas pernas tortas e com o seu futebol feito de magia e ilusão, só terminou de enganar e humilhar os adversários quando o capitão brasileiro Bellini ergueu a Taça Jules Rimet, aos céus.
Pelé depois de marcar seis golos na prova, acabou a chorar agarrado ao guardião Gilmar e começou a tornar-se lendário. Era o mais jovem campeão do Mundo de sempre.
Este mundial ficou marcado por ter sido o primeiro a ter transmissões televisivas.

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